De Olho no Seu Corpo

Image and video hosting by TinyPicNa maioria das vezes, a presença de pequenos cistos nos ovários não tem qualquer importância, mas se o diagnóstico for de síndrome, a mulher precisa tomar alguns cuidados

Os exames de ultra-sonografia ginecológico fazem parte hoje da rotina de cuidados da mulher moderna. Esses testes permitem identificar a presença de microcistos nos ovários em até 30% delas. No laudo, o resultado indica a Síndrome de Ovários Policísticos, denominada pelos médicos de SOP.

O ginecologista Ivan Malheiros, porém, tranqüiliza as mulheres. “O ultra-som criou o mito do ovário policístico”, explica. Segundo o médico, na maior parte dos casos, esses cistos não têm nenhuma importância fisiológica, não modificam nada no corpo da mulher. Entretanto, em cerca de 20% deles, os ovários policísticos estão associados a outros sintomas, como alterações menstruais, aumento de peso, aparecimento de pêlos no rosto, entre os seios e abaixo do umbigo, além do problema da obesidade. “Antes do diagnóstico, é preciso analisar o quadro da paciente. Um simples exame radiológico não determina o parecer final”, decreta Malheiros.

Se o diagnóstico for o da síndrome, a mulher precisa se cuidar. O ginecologista Frederico Correa, professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), explica que o tratamento indicado dependerá dos sintomas que ela apresenta. Se não quer engravidar, a prescrição é o uso de anticoncepcional para melhorar os sintomas de aumento de pêlos, espinhas, irregularidades menstruais e cólicas. Se deseja ter filhos, o método mais usado é a indução da ovulação. Em alguns casos, é necessário utilizar medicamento para diabetes, se a paciente tiver resistência à insulina. “Para todas, a receita principal é a perda de peso por meio de alimentação equilibrada e atividade física”, atesta Correa.

Palavra do especialista

A Síndrome dos Ovários Policísticos é a principal causa da infertilidade feminina?

Ela está entre as principais, pois a SOP é diagnosticada em aproximadamente 75% das pacientes com alteração da ovulação. A ocorrência da síndrome também é alta em pacientes com casos repetidos de aborto.

A mulher com este distúrbio apresenta mais propensão a desenvolver diabetes?

A ocorrência de diabetes tipo 2 é cinco vezes mais freqüente nas portadoras de ovário policístico do que na população em geral, pois elas apresentam intolerância à insulina. Além disso, o início da doença ocorre mais precocemente a partir dos 30 anos.

Qual a relação entre ovário policístico e doenças cardiovasculares?

Há um acúmulo de radicais livres nas paredes das artérias, provocando um quadro de hipertensão e altas taxas de colesterol. Esses fatores, associados ao aumento de insulina, provocam maior risco de infarto do miocárdio.

Se não forem tratados, os microcistos podem se tornar malignos?

Não, mas eles aumentam a probalidade de câncer do endométrio, devido ao estímulo persistente do estrogênio na parede do útero.

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