Cancer De Colo do Utero


Câncer de colo de útero é mais comum e aparece sem dar sinais
Corrimento e sangramento só aparecem nos estágios avançados da doença
Ele é o câncer mais comum entre as mulheres brasileiras, cerca de 20 mil novos casos surgem a cada ano de acordo com o Ministério da Saúde. O problema é que, muitas vezes, as pacientes deixam de fazer os exames preventivos e passam anos convivendo com a doença, sem saber. Nos casos mais graves, o tratamento acaba prejudicado pelo atraso em buscar ajuda médica.

"Em 98% dos casos, o câncer de colo uterino é provocado pelo vírus HPV, transmitido durante as relações sexuais sem proteção", afirma o ginecologista Sergio Makabe, professor de Medicina da Uninove. "Mas somente a minoria das pacientes infectadas pelo vírus desenvolve o câncer de colo de útero. Em geral, o tratamento adequado e a própria ação imunológica do organismo eliminam o vírus".

No entanto, algumas medidas são necessárias para inibir a ação do vírus. Fumar, manter uma alimentação pobre em nutrientes e usar anticoncepcionais estão entre os fatores que favorecem a persistência do HPV. Só vale lembrar que o microorganismo causa outros tipos de câncer, e não só o de útero: intestino, reto, boca e orofaringe são outras regiões suscetíveis a problemas.

Diagnóstico
O diagnóstico do problema, geralmente, acontece pelos exames femininos de rotina: papanicolau, colposcopia e biópsia, quando é detectada alguma infecção que demanda uma análise mais profunda. O exame de captura híbrida do HPV é outro recurso disponível, que confirma a presença do vírus no organismo e revela se ele é alto ou baixo risco para o desenvolvimento do câncer.

Uma vez identificado o problema, o tratamento das verrugas é feito com ácidos ou laser, de acordo com a orientação médica. "Uma mulher que apresenta infecção persistente pelo HPV pode ter também corrimentos constantes, além de dor durante a relação sexual", afirma o professor da Uninove.

Uma cirurgia, para remover as células infectadas, é o tratamento realizado nos estágios iniciais da doença. Nos casos mais avançados, radio e quimioterapia são prescritas. "São indicadas, aproximadamente, 25 sessões de quimioterapia externa e quatro sessões de quimioterapia interna", afirma o especialista. Após o tratamento cirúrgico, radioterápico ou quimioterápico, a mulher não continua mais com o vírus em seu organismo. O que pode acontecer, após o tratamento, é o retorno da doença gerado por metástases em outros órgãos, como ocorre também em outros tipos de câncer.

Ele ressalta que, quando o diagnóstico do câncer acontece logo no início, a porcentagem de cura é alta, atingindo praticamente 100% dos casos. O problema é que, como o câncer de colo de útero não apresenta sintomas característicos, os médicos dependem dos exames de rotina para identificar qualquer alteração. "Corrimentos vaginais sanguinolentos com odor pronunciado, além de dor e sangramento na relação sexual são sinais que, normalmente, só aparecem em estágios mais avançados da doença", afirma o ginecologista Sergio Makabe.

Gravidez e HPV
Uma mulher com HPV ativo pode engravidar normalmente. Mas, durante a a relação sexual, ela pode transmitir o vírus para seu parceiro. "Em um casal em que ambos estão infectados pelo HPV, recomendamos o uso de preservativos como parte do tratamento", afirma o ginecologista. De qualquer forma, durante a gravidez, existe o risco de que a mulher venha a desenvolver o câncer de colo de útero pelo aumento da infecção causada pelo HPV. O bebê também enfrenta risco de contaminação pelo canal de parto, nos casos de partos normais. Por isso, o acompanhamento médico é importante, tornando o vírus HPV inativo

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